Jorge Lancinha Astrologia Psicologica

4 Janeiro 2013

 

 

Relatório Astrológico - JANEIRO 2013

 

Entrámos em 2013!

Bom Ano Novo!
É hora de deixar para trás toda a bagagem do passado e viver o presente. É o momento de deixarmos materializar-se no exterior a transformação que durante o último ano se operou dentro de nós. Sim, porque já não somos os mesmos, pois não? Já não pensamos da mesma maneira, já não vemos o mundo e a vida como víamos. Os nossos valores mudaram, sentimos que havia mais, que éramos mais, que podíamos mais. Agora trata-se de estar à altura desta nova consciência, de não fraquejar, não repisar as pegadas do passado, mas trilhar um novo caminho no grande desconhecido que perante nós se abre!

 

Falaremos neste relatório do enquadramento global de 2013 e vamos analisar a conjuntura astrológica de Janeiro, que começa desde logo com o Sol a sair da conjunção a Plutão. Mercúrio e Vénus também passarão pelo senhor do Submundo (Plutão) na primeira metade do mês. Teremos uma Lua Nova em Capricórnio e uma Lua Cheia em Leão. E a fechar o mês, no dia 31, Júpiter vira directo em Gémeos, após um período de quatro meses em movimento retrógrado.

 

 

 

O signo de Capricórnio é o palco principal dos acontecimentos deste mês. Desde 2008 que Plutão está neste signo, e nesta altura do ano, em que o Sol atravessa esta secção do zodíaco, o seu poder transformador é potenciado pela consciência solar.

As estruturas de governação e organização da sociedade, as hierarquias de poder, os sistemas de gestão e controlo, as regras e o dever, são manifestações do arquétipo de Capricórnio.

A passagem de Plutão por este signo indica-nos que é altura de proceder a uma transformação profunda neste departamento. É como realizar uma daquelas limpezas radicais, em que esvaziamos as prateleiras, as gavetas, afastamos os móveis, retiramos os tapetes, os cortinados… tudo! Limpamos em profundidade, livramo-nos de todo o lixo acumulado, das coisas inúteis e gastas. Aproveitamos também para retocar as paredes, reparar a falha no pavimento que jazia debaixo do sofá faz tempo. Depois colocamos as coisas no lugar, talvez com uma nova disposição, mais adequada e funcional. E eis que aquele espaço renasce com uma nova frescura.

Torre de Babel

John Borowicz, 2010

Agora imaginemos que em vez da divisão de uma casa, estamos a falar de empresas inteiras, de bancos e instituições, dos sistemas de regulação e controlo financeiro, das estruturas de governação, da disposição geopolítica mundial, da gestão dos recursos do planeta!

É este o processo que vivemos desde 2008 e que se estenderá até 2025. Nos últimos quatro anos diria que estivemos essencialmente a desarrumar e a por a descoberto o lixo. É uma fase difícil, em que somos confrontados com a insustentabilidade dos nossos padrões de existência, com as incongruências, as contradições, as manipulações, as deturbações. Não é sem razão que talvez a maioria de nós se sinta tentado a deprimir perante esta gigantesca tarefa. Outros tentam desesperadamente impedir o processo, agarrando-se a tudo o que sentem estar a perder, insistindo em reformas e pseudossoluções, na verdade impotentes contra a inexorável força de desintegração da energia plutónica.

 

É natural que neste período, em que tudo parece estar prestes a ser engolido pelo caos, o medo surja em grande escala. O medo, esse sim, é o nosso grande inimigo, aquele que temos que combater se queremos colher os frutos de todo este processo evolutivo.

Vejamos objectivamente aquilo que temos vindo a perder: o emprego que nos devolvia segurança e sustento, mas que na realidade não nos trazia realização e apenas nos consumia; a relação que estava ali, segura, mas onde já não tínhamos o coração e que a cada dia nos tornava mais amargos de mútuo ressentimento; o poder de compra com o qual adquiríamos um crescente número de coisas que não necessitamos e que bem depressa deitamos fora ou esquecemos em armários; o estado-social, a confiança no governo, na autoridade e no poder político que nos rege, quando em verdade o motor da nossa organização politica global não é a igualdade, a sustentabilidade, a promoção e protecção do desenvolvimento integral do individuo; a crença no elevado nível civilizacional da nossa sociedade, que afinal se constrói à custa da ignorância e da miséria da maioria e recorre à violência mais primária sempre que se sente ameaçada (talvez a espada até seja mais civilizada que drones telecomandados via satélite).

No fundo, aquilo que temos vindo a perder, em essência, não o tínhamos já… era apenas uma miragem à qual nos agarrávamos para escapar à dura verdade. E é dura sem dúvida.

Agora, de olhos bem abertos, temos pela frente o trabalho de construir um mundo mais justo e equilibrado, o que implica necessariamente uma melhor redistribuição de recursos e um respeito universal pela Vida. Aqui está o programa para 2013!

 

 

E Janeiro em específico?

Já falamos de Capricórnio e das conjunções do Sol, Mercúrio e Vénus a Plutão, que nos irão proporcionar a oportunidade de aprofundar todo este processo de limpeza e purificação que temos vindo a viver nos últimos anos.

No dia 8 Marte fará quadratura a Saturno, em recepção mútua. Este será um momento tenso e desafiante, de acção e luta, onde poderemos encontrar grande resistência à afirmação dos nossos desejos. Impulsos inspirados por ideias radicais trarão conflitos com a autoridade. Se estivermos em posições de poder será importante não ceder ao clima de ameaça e provocação e não cair em métodos repressivos e autoritários.

Vénus entrará em Capricórnio no dia 9, trazendo uma vibração de compromisso, seriedade e respeito que poderemos aproveitar para pacificar as tensões e reforçar os alicerces das nossas relações. Segurança e solidez serão os valores que tendencialmente buscaremos, mas o peso das responsabilidades poderão levar-nos a querer explodir com tudo e seguir sozinhos.

O verdadeiro compromisso implica liberdade. Só respeitando a livre escolha do outro o compromisso tem validade, caso contrário é simplesmente uma imposição - assim surge a verdadeira segurança. Só aceitando livremente a minha responsabilidade e o meu vínculo com a relação, o compromisso fará sentido, caso contrário é uma prisão - e assim surge a verdadeira liberdade. Quando no dia 12 Vénus fizer quadratura a Úrano e no dia 16 conjunção a Plutão, teremos a oportunidade de integrar estes conceitos.

A terceira semana de Janeiro, nos dias em torno da Lua Nova de dia 11 que irá energizar estes transitos, é assim um dos pontos quentes deste mês.

 

Depois do tom mais pesado de Capricórnio e das conjunções a Plutão, a partir de dia 20, com a entrada do Sol em Aquário o cenário torna-se mais expansivo e arejado. Um maior distanciamento face às questões trará mais objectividade, compreensão e solidariedade. Será um momento propício para nos integrarmos no colectivo, investindo na consciência comunitária.

A Lua Cheia de dia 27 é muito poderosa. O potencial criativo será imenso se nos permitirmos ir além dos condicionamentos e da necessidade de controlo.

 

A fechar o mês, Júpiter passará a directo. Foi no início de Outubro, precisamente no momento em que Saturno entrava em Escorpião, que Júpiter ficou retrógrado. Foi como se o céu nos indicasse que nos meses seguintes, ao enfrentarmos o desmoronar das nossas estruturas de segurança exteriores, teríamos que nos virar para dentro em busca de sentido e orientação. A luz de Júpiter voltará agora a brilhar na vida exterior trazendo esperança, optimismo e novas oportunidades.

 

Um Bom Ano para todos!

 

 

 

Jorge Lancinha

 

 

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