A Astrologia não revela o futuro, nem fornece respostas deterministas no que concerne ao desenvolvimento e evolução do individuo.

O conhecimento que a Astrologia nos fornece não se substitui ao livre arbítrio, à livre escolha e à construção de um caminho individual. É precisamente uma ferramenta que nos pode auxiliar, de forma exemplar, na estruturação de uma verdadeira individualidade, apta a estabelecer os seus próprios objectivos de vida e a reunir as condições necessárias à sua concretização.

A Astrologia baseia-se na interpretação de um diagrama simbólico que representa a configuração celeste, com as posições dos planetas, no momento do nascimento do indivíduo. Ao contrário daquilo que é veiculado pela cultura popular, a interpretação astrológica apresenta um elevado grau de complexidade e profundidade. O signo solar, que é o dado astrológico de conhecimento mais comum, é apenas um dos múltiplos factores significantes do mapa de nascimento.

Este mapa astrológico natal, que poderemos considerar como uma mandala simbólica da individualidade da pessoa, compõe-se de 12 signos, representativos das energias arquetípicas primordiais, que se articulam com 12 divisões/casas, que representam campos de manifestação e realização, e de 10 astros que simbolizam as funções da psique, existentes em todos nós. Estas funções representadas pelos planetas, operam segundo determinadas especificidades, conforme o signo em que estes se encontram, e manifestam-se através das áreas definidas pelas casas que ocupam e pelas diversas relações que estabelecem entre si.

É evidente a complexidade deste sistema, que se constitui como uma linguagem simbólica de profundo alcance psicológico.